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Por que eu preciso de Jesus Cristo?

A maioria das pessoas já ouviu falar de Jesus Cristo. Para uns, ele é um personagem histórico carregado de boas intenções. Para outros, uma invenção dos escritores bíblicos. Para certos grupos, Jesus Cristo não passa de um pretexto para que religiosos ultrapassados preguem um conjunto de regras morais como o meio correto para se viver. Para outros grupos, Jesus é alguém tão bondoso e misericordioso que pode ser relegado a um canto esquecido de nossas vidas de modo que, não importa como sigamos nossa vida, ele sempre nos protegerá. Mas, a despeito de todas essas concepções leigas sobre Jesus, quem ele realmente foi (ou é)? O que ele fez (ou faz)? E, talvez, a pergunta mais importante a ser feita: se Jesus Cristo realmente existiu (ou existe), o que o ser humano tem a ver com isso?

Contrariamente ao pensamento comum, acreditar na existência de um Deus que pode se relacionar com seres humanos não é incoerente e tampouco irracional. Na verdade, existem muitos intelectuais, investigadores e cientistas de diversas áreas, que possuem uma convicção teísta acerca do universo, da matéria, das ciências e do ser humano, e que encontraram fortes evidências (algumas irrefutáveis) da existência de Deus. Sendo assim, acreditar que um Ser superior existe, não representa um abandono da razão, longe disso. Representa, sim, uma disposição questionadora e crítica em relação às alegações da educação secular, da mídia, e de todos os encarregados de pensar por nós e fornecer respostas “intocáveis”.

Se, portanto, é realmente possível que exista um Deus, devemos, subsequentemente, nos questionar sobre qual a relação que Ele mantém para com a humanidade. Se não prosseguirmos com esta investigação, sucumbiremos a uma posição inerte para com questões importantes sobre a nossa vida e sobre o mundo que nos rodeia. Desta forma, se chegarmos à conclusão de que Deus pode existir ou existe e não nos preocuparmos em aprofundar nossa descoberta e buscar conhecê-lo, jamais saberemos qual o tipo de relação que Ele pode manter conosco e quais as consequências desta relação ou da falta dela.

Neste ponto você deve estar se perguntando o que Jesus tem a ver com Deus. A resposta reside no fato de que não conheceríamos Deus se não fosse por Jesus Cristo. Isto porque:

1) Todo ser humano já nasce afastado de Deus por causa do pecado, mesmo nós nos achando bons, honestos, verdadeiros e corretos1. Isso acontece porque quando Deus fez o homem, estabeleceu um pacto com ele no qual o homem seria feliz, pleno e eterno somente se continuasse andando com Deus em amizade e obediência2. Se desobedecesse, perderia sua capacidade de ser feliz3, de ser pleno4 e morreria por não ter a companhia de Deus5. Pense se isso faz sentido: já que Deus é a fonte de toda felicidade, plenitude e vida, nada mais natural que aqueles que estão pertos de Deus sejam cobertos com estes benefícios que emanam do Senhor, enquanto aqueles que estão afastados Dele sejam assombrados com a ausência de tais coisas.

1 Gn 6.5; Jr 17.9; Rm 3.10-18; 5.12,15-19 2 Gn 1.26-31; 2.17; Rm 5.12; Os 6.7 3 Jó 36.11; Sl 90.14; Sl 1.1-4; Pv 8.34 4 Pv 8.35-36 5 Gn 2.17; Cl 2.13

2) Este homem que Deus fez (chamado Adão), por ser o primeiro da espécie humana, era seu representante, de forma que as consequências de sua obediência ou desobediência ao pacto seriam atribuídas a todos os seus semelhantes6. Bem, em determinado momento o homem desobedeceu a Deus transgredindo ao pacto7. Esta transgressão, que Deus chama de “erro”, “violação”, “desvio”, “pecado” e outros termos semelhantes, estabelece uma separação instransponível entre o homem e Deus, já que Deus é um ser completamente santo, em quem não habita mal algum e que não pode coadunar com o mal8. Assim, aos olhos de Deus, todos nós somos transgressores juntamente com o primeiro homem9 e estamos separados Daquele que nos queria bem10. Além disso, depois que o primeiro homem pecou, todos nós, que somos seus descendentes, herdamos dele uma terrível propensão para o pecado11 de forma que, naturalmente, não conseguimos agradar a Deus e nos voltar para Ele novamente12.

6 Rm 5.12,15-19; 1Co 15.21-22 7 Gn 3.6 8 Is 59.2; Cl 1.21; 2.13; Mt 7.23 9 Rm 5.12,15-19 10 Rm 3.10-12,23 11 Tg 1.14; Jr 17.9; Ef 2.2-3 12 1Co 2.14; Tt 3.3-5; Rm 6.9-12; 8.5-8; Jo 6.44,65 

3) Mas Deus, segundo – unicamente – a boa determinação da sua vontade, e não pela preciência de boas ações de nossa parte13, resolveu nos perdoar e nos chamar de volta para Ele, e Ele fez isso através de um plano que ele mesmo estabeleceu, mas que foi sendo cumprido ao longo de muito tempo. Este plano consiste em mostrar-nos que nós não conseguimos agradar a Deus com nossos próprios esforços, já que nossa desobediência para com Deus nos incapacitou totalmente para agradá-lo14. Para nos ensinar isso, antigamente ele exigiu de nós o cumprimento de centenas de ordens ou mandamentos que punham à prova nosso caráter15. Nós não conseguimos cumpri-los16. Isso não explica aquela horrível sensação que todos nós já sentimos de querer “fazer o certo” e, mesmo assim, fazer tudo errado? Deus fez isso para nos mostrar que “fazer o certo” ou seguir um conjunto de regras, não deve ser a forma correta de alcançar a amizade Dele, já que cumprir a sua perfeita e santa vontade sempre nos foi impossível. Além disso, quando perdemos a relação com Deus, o que perdemos não foi um conjunto de regras, mas foi a companhia Dele. Obviamente, então, seguir um protocolo de regras não substitui o que foi perdido anteriormente. Regras não substituem a presença de Deus!

13 Rm 8.28-30; 9.11-16 14 Is 64.6; Ef 2.1-5 15 Rm 3.20; 7.7 16 Rm 3.9-10; 7.15

4) Sendo assim, deveríamos nos perguntar se existe outro meio para se chegar a Deus já que não conseguimos fazer isso cumprindo protocolos além de nossas possibilidades e já que nossa pecaminosidade inata impede um relacionamento verdadeiro com o Senhor17. De fato, Deus providenciou outro meio para restabelecermos nossa comunhão com Ele. E o que Ele fez? Ele se fez como um ser humano em Jesus Cristo18, tomou nosso lugar na humanidade19, cumpriu todos os seus mandamentos perfeitos e santos, e pagou a penalidade por nossos erros, para que sua própria reivindicação de justiça fosse satisfeita20.

17 Mt 7.23 18 Jo 1.14 19 Cl 2.9 20 Jo 19.30; Rm 10.4; Hb 9.12,15; 10.18

5) Desta forma, uma vez que Jesus cumpriu todos os requisitos estabelecidos por Deus para a restauração do nosso relacionamento com Ele, já não nos resta cumprir ou tentar cumprir nada21. Tudo o que precisamos fazer é aceitar o que Cristo fez por nós, reconhecer que Jesus é o próprio Deus que entrou na nossa realidade, se fez próximo de nós para fazer por nós o que não conseguiríamos fazer por nós mesmos22. Assim, precisamos aceitar a Jesus como nosso Deus e segui-lo, sabendo que tudo o que era necessário para que nossa amizade com Ele (em outras palavras, a salvação) fosse possível, já foi cumprido por Jesus23.

21 Jo 19.30; Rm 4.25; 5.9; 8.1 22 Mt 20.28; At 4.12; Cl 1.19-20 23 Jo 19.30; Rm 4.25

6) Se você realmente crê que Jesus veio em carne ao mundo24, que morreu na cruz do Calvário em nosso lugar, tomando sobre si o castigo que era nosso25, que fez isso por Sua própria graça e vontade26, que ressuscitou e que voltou à sua anterior condição de glória27, você já está salvo28. E o que é isso? O que é ser salvo? Ser salvo é poder desfrutar da amizade, amor e companhia de Deus, e isso, para toda a eternidade29. Logo, ser salvo não é “ir para o céu”, embora ter a vida eterna seja parte do plano salvífico30. Ser salvo é viver uma vida totalmente diferente pois agora desfrutamos do favor de Deus e podemos ter uma relação com Ele31 tão viva quanto é nossa relação com qualquer pessoa que amamos muito. Além disso, já que o reconhecemos como Deus e nos voltamos para Ele, Ele deve ser o centro de nossas vidas32. Devemos obedecê-lo já que Ele é quem sabe o que é melhor para nós33. Também precisamos fazer com que nossa crença Nele não seja apenas interior, mas devemos confessar isso abertamente34.

24 Jo 1.14 25 Is 53.4-8 26 Sl 40.7-8; Jo 4.34; Jo 10.18 27 Mc 16.19; Lc 24.50; At 1.9; Hb 8.1; Ef 1.20-23 28 Jo 3.14-16; Rm 10.9-12; Ef 1.13-14 29 Jo 7.37-38; Jo 10.10; Gl 5.22; Ef 2.13-14 30 Jo 3.14-16 31 Jo 15.14 32 Mt 6.24; 10.37; 22.37; 1Co 8.5-6 33 Lc 11.13; Tg 1.17; Rm 8.28; Jr 29.11 34 Mt 10.32; Rm 10.9

Se tudo isso fez sentido para você, se você está enxergando evidências de que Deus existe, dê um passo além e procure conhecê-lo. Receba a Jesus na sua vida. Faça uma oração, fale com Deus sobre isso e diga a Ele o que você quer. Um exemplo de oração (que você pode seguir, se quiser) seria algo assim: “Deus, entendi que você existe e que quer cuidar de mim. Também entendi que o meio pelo qual isso é possível é Jesus Cristo. Acredito em Jesus e quero recebê-lo em minha vida! Quero, a partir de agora, caminhar com Ele e aprender com Ele. Acredito que, em Jesus, todos os meus pecados foram perdoados de forma que minha amizade com você já foi comprada e paga! Receba-me então Deus, como seu amigo e me deixe conhecê-lo. Obrigado por proporcionar isso para mim! Falo com você em nome de Jesus. Amém.”

Como você pode ver, Deus te amou de tal maneira que se fez carne em Jesus para ser condenado no seu lugar de forma que você possa, exclusivamente por meio de Jesus, conhecer a Deus e ter sua vida impactada como você nunca imaginou.

Comentário

  • Leandro
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    Resume de maneira logica e simples o plano da salvação. Muito bom!

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