Cursos livres
Nossa instituição de ensino não é credenciada pelo MEC, nossos cursos são livres. Todo aluno matriculado receberá seu certificado de conclusão ao final do curso, caso obtenha as notas mínimas exigidas.
Afinal, qual a importância do reconhecimento da teologia pelo MEC?
Para isso temos que responder duas perguntas simples: o que é teologia e o que é o MEC? Quanto a primeira depende do segundo? Que valor o MEC de fato acrescenta a um curso de teologia?
Em uma definição simples, teologia é qualquer reflexão sobre as questões essenciais da vida que aponte para Deus. Ao especificar nossa teologia como teologia cristã, é óbvio que a revelação contida nas Escrituras Sagradas é elemento essencial nessa reflexão. Então, nossa teologia é nossa reflexão sobre as questões essenciais da vida que apontem para Deus, à partir da Bíblia.
E o MEC? O MEC é o órgão do governo responsável pela educação no Brasil e com certeza entende muito pouco de teologia verdadeiramente bíblica. Ele é um órgão sob forte influência marxista, que na maioria das vezes procurará moldar o saber teológico conforme sua imagem e semelhança. Sua interferência no currículo dos cursos de teologia com certeza não será para tornar seu conteúdo mais bíblico e mais piedoso. Como já vem acontecendo, será para fazer da “ação social” e da “transformação social” a meta suprema da Igreja, conforme a visão esquerdista de mundo.
Basta uma simples olhada para as “cartilhas de educação sexual” que protagonizaram escândalos nos últimos anos e será fácil perceber o quanto o MEC está mergulhado em um caldo ideológico insalubre que pode contaminar a teologia e através dela a Igreja.
Até hoje o cristianismo não se purificou completamente da contaminação resultante da interferência do imperador Constantino sobre a Igreja no século IV. Ao mesmo tempo em que aquela interferência tornou o cristianismo aceitável, abriu a porta para todo tipo de contaminação política, militar, religiosa e cultural, transformando-o em algo bem diferente do cristianismo bíblico.
A aprovação do MEC pode tornar-se mais um constantinismo que tirará a Igreja dos trilhos e quando somarmos os prós e os contras, ao final, o saldo será muito negativo. O carimbo do MEC pode tornar-se um preço muito alto a ser pago por uma aprovação estatal e humana que na maioria das vezes significará uma desaprovação divina.
Os chamados “cursos livres” de teologia, embora sem a aprovação do MEC, estão livres da influência perniciosa de teologias liberais presentes naqueles aprovados pelo mesmo. E além disso, os cursos livres de teologia também estão amparados pela lei, sem precisar se sujeitar às influências de ideologias e teologias antibíblicas.
O foco dos cursos livres é preparar pessoas para um ministério bíblico e espiritualmente relevante. Não olhar as igrejas como meros agentes sociais, mas como Corpo de Cristo, com uma missão que transcende os limites do aqui e do agora. Enquanto no pensamento do MEC as igrejas cristãs não passam de uma religião entre outras, o pensamento teológico sadio, apoiado nas Escrituras, discerne devidamente a natureza e missão da Igreja.
Claro que há pontos positivos em uma aprovação do MEC, mas esses pontos positivos se reduzem a nada diante das distorções teológicas introduzidas para se obter tal aprovação. Além do que, as vantagens podem ser obtidas pelo ingresso em outros cursos.
A verdade é que se nós primamos por um ensino teológico bíblico e saudável estaremos dispostos a pagar o devido preço para tê-lo. A Igreja deve influenciar a sociedade secularizada e não a sociedade secularizada influenciar a Igreja. É a Igreja quem deve penetrar no Areópago para ensinar a realidade sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo (Atos 17.19-31) e não o contrário. E deve se guardar da melhor forma possível das filosofias e vãs sutilezas (Cl 2.8) que podem minar seus fundamentos e enfraquecer suas raízes.
1GRENZ, Stanley J. e OLSON Roger E. Quem precisa de teologia? São Paulo: Vida, 1996. p. 13
2Os cursos livres são respaldados pelo Parecer CNE/CES 241/1999.
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