Introdução

Foi com Willliam Carey que o trabalho missionário protestante deixou de ser uma atividade rara e pouco incentivada para tornar-se a razão de ser da Igreja. Depois de sua obra Inquirição e de seu empreendimento missionário a história da Igreja nunca mais foi a mesma. Em pouco mais de duzentos anos, o cristianismo evangélico tornou-se de fato mundial e com maior ou menor intensidade, a ênfase missionária tem estado presente em pregações, ensinos e escritos da Igreja Evangélica. Um retrocesso nessa questão seria impossível hoje, mesmo que na prática possa haver um esfriamento no ardor missionário.

Portanto, ao falarmos do assunto missões, estamos falando de uma disciplina que desde o final do século XVIII ganha corpo no contexto do estudo teológico. E além do aspecto teológico, é um conceito que tem acendido a chama de muitas igrejas e organizações, bem como tem sustentado a fé viva de todos os que se envolveram com missões.

Podemos tentar organizar o estudo da atividade missionária em pelo menos quatro áreas principiais: 1) Teológica; 2) Histórica; 3) Cultural; 4) Estratégica.

Claro que em um envolvimento dinâmico todas essas partes aparentemente desconectadas se juntam em um todo nem sempre muito distintos. Mas a sistematização do estudo da missiologia facilita a compreensão do grande campo de estudos teológicos que ela se tornou.