Introdução

Nenhum grupo religioso tem um parentesco tão próximo com o cristianismo quanto o judaísmo. Qualquer estudioso sabe que boa parte de nossas crenças cristãs derivam da crença judaica, pois dividimos com os judeus a história da salvação. De certo modo, a distância entre cristãos e judeus é relativamente pequena, se comparada às outras religiões. Ainda assim, por que são tão poucos os judeus que se convertem a Cristo? Quais as barreiras? Quais as dificuldades? Quais os agravantes que tornam a tarefa de evangelização dos judeus algo tão árduo?

Vivemos em uma época ímpar da Igreja com relação aos judeus. A atitude da Igreja mudou e isso tem criado inúmeras possibilidades. Alguns até exageram em sua manifestação de simpatia, ultrapassando os limites do bom senso.

A Igreja, com certeza, foi diversas vezes julgada e repreendida por Deus devido ao seu anti-semitismo, mesmo que não tenha tomado consciência disso. Não se pode, de forma alguma, negar que se os judeus guardam ressentimento contra o cristianismo, é porque este os oprimiu de diversas formas. Mesmo que a Alemanha nazista nada tivesse de cristã, deve-se considerar que o cristianismo era a religião predominante naquele país. Por ação ou omissão, a Igreja, muitas vezes, fez-se culpada para com os judeus.

Entretanto, uma nova e correta atitude dos cristãos com relação a Israel e aos judeus trará no presente e no futuro excelentes frutos. Vale dizer que o amor que os cristãos atuais têm demonstrado para com este povo é um verdadeiro milagre, se considerarmos o vasto período de tempo em que os cristãos foram alimentados por uma teologia anti-semita e induzidos a uma aversão irracional contra o povo judeu.