Introdução

Se durante o século 20 a Igreja viu no comunismo seu maior rival, o século 21, iniciando com a fatídica destruição do WTC, mostrou que teria no islamismo seu maior desafio. Ignorar esse desafio pode ser mortal para a Igreja. Não seria errado dizer que o desafio islâmico é muito maior do que foi o desafio comunista.

O islamismo é muito mais agressivo, muito mais abrangente, muito mais antigo. É mais agressivo porque, nas páginas do Alcorão, há uma defesa do uso da violência para atingir seus objetivos. Os infiéis deveriam ser mortos ou completamente subjugados. Mesmo quando se proclama que o islamismo é uma “religião da paz” isso não passa de uma tentativa ocidental de falar a linguagem politicamente correta e tentar criar um clima pacífico em meio ao multiculturalismo por ela defendido. Apesar de o marxismo defender no ocidente uma revolução mais cultural, Marx e Engels em seu Manifesto Comunista de 1848, falavam em tomada de poder pela violência. E isso aconteceu abundantemente. A violência islâmica, contudo, é muito mais acirrada, pois está presente abundantemente em um livro considerado sagrado, o que torna a agressão quase um dever.

Também se deve levar em contar que o islamismo é muito mais abrangente porque, sendo uma religião, reconhece o lado espiritual do ser humano e procura preenchê-lo. Além disso, essa religião é uma religião holística, ou seja, não se aplica apenas à vivência espiritual do indivíduo, mas aos seus aspectos comunitários, sociais, culturais e políticos. Assemelha-se mais ao que foi o cristianismo medieval, quando a religião fundamentava toda a vida do indivíduo, do ventre ao túmulo. O vácuo criado pelo abandono do cristianismo na Europa tem aberto espaço para o islamismo e, portanto, uma retomada de posição vai-se tornando cada dia mais difícil.

Outro fator que torna o islamismo um desafio maior do que o marxismo é o fato do primeiro desfrutar de raízes históricas muito mais profundas. Em sua forma moderna, o marxismo é uma heresia cristã bem recente, embora possam ser encontrados nele vestígios de ideias anteriores. O islamismo possui quase quatorze séculos de história e foi capaz de sustentar e moldar uma grande civilização. E é essa civilização que agora impõe seu peso histórico, religioso, cultural, econômico e demográfico na conquista do mundo.

Sem dúvida alguma, o continente americano conheceu muito menos do islamismo do que a Ásia, a África e a Europa. Essa situação, porém, está mudando. Cada vez mais, a sua penetração cultural e física se faz sentir. O que se deve pensar, agora, não é quantos muçulmanos existem no Brasil, mas o que estão fazendo aqui. Não são meros imigrantes tentando ganhar dinheiro em um lugar que consideram adequado para isso. Trata-se de uma religião holística.

Nós, os evangélicos, porém, não precisamos esperar que haja em nosso meio milhões de muçulmanos para começarmos a tomar providências quanto à sua evangelização em nosso país. É hora de fazermos isso já. É tempo de nos prepararmos para levarmos a essas pessoas o evangelho, desenvolvermos estratégias próprias e adequadas para esse fim. Se a questão é o peso demográfico islâmico, como veremos mais adiante, o nosso peso demográfico evangélico atual é considerável.

O que precisamos é acordar. A finalidade deste curso é mais do que mera informação sobre religiões. O nosso fundamento é que o evangelho é a única salvação para o ser humano, inclusive para o muçulmano. Ele não será salvo pelo islamismo. Não importa o quanto acredite nele. Não importa se esteja até mesmo disposto a morrer por suas crenças. Só Jesus salva. Só o verdadeiro evangelho salva. E, independente de qual seja a intenção do islamismo, temos de levar para eles a mensagem de salvação.

Com certeza esse é o desafio. Quando olhamos o imenso mundo islâmico, nos assustamos com o tamanho da tarefa. Por esse motivo, o Curso de Apologética Aplicada convida você, amado aluno, a conhecer o islamismo e tentar alcançar seus adeptos aqui mesmo em nossa nação. Está na hora de acordarmos para a realidade da ameaça islâmica e cortar o mal pela raiz, não permitindo que a nossa nação sofra os efeitos da islamização que vemos hoje na Europa e, também, nos EUA.