Introdução

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A proposta dessa disciplina está centrada na necessidade de preparação adequada para aqueles que acreditam estar condicionados ou aptos para, após um adequado treinamento, estar à frente de um grupo com o fim de fazê-lo caminhar por uma via de sucesso, onde o espírito de equipe e a coesão de idéias entre líder e subordinados proporcionem uma administração de brilho.

Para que isso efetivamente ocorra, especialmente no âmbito eclesiástico, muito deve ser dito e visto in loco por todos os que se interessam ou se propõem ao desempenho deste exercício.

Alguns paradigmas equivocados, a propósito, necessitam se dissipar para que o aprendiz ou aquele que ingressa na carreira de líder, não incorra nos erros que a massa aprendeu a admitir como “fatos”, tendo-os na conta de axiomas incontestáveis.

Um deles, para que possamos exemplificar, fala acerca de que “Deus capacita seus obreiros”. Num confronto entre os textos de Mateus 25.15 e 2Coríntios 3.5, cujos textos transcrevemos a seguir, vemos que a correta interpretação da literatura bíblica é ferramenta indispensável para que não vejamos ofuscado o brilho de nossa administração, já que formular idéias erradas acerca de Deus e de sua Palavra pode culminar com excessos ou omissões de seus membros e ao final com um resultado infeliz de toda empreitada.

Vejamos os textos:

“Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem.” (Mt 25.15);

“…não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus…” (2Co 3.5).

Apreciando de forma inequívoca, temos que o primeiro texto destacado quer mostrar que cada um traz em si, ou seja, em seu próprio perfil, talentos e virtudes que o autopromovem para que possa agir na sociedade, seja dentro do ambiente profissional, social ou afetivo, de modo que, em determinadas áreas, estará fadado ao sucesso.

Na segunda oportunidade, o apóstolo dos gentios faz uma afirmação que merece ao menos dois pontos de vista, sendo que no primeiro, a mesma idéia destacada no texto anterior vem à tona, já que a criação, como obra intrinsecamente divina, contém em si o que o próprio Deus propiciou a cada qual. Por outro lado, as experiências pelas quais passamos em vida, direta ou indiretamente oferecidas pelo Pai, concedem da mesma forma, potencial e capacitação para o desempenho de muitas atividades.

Assim, pinçar do meio de uma congregação um determinado membro para que ocupe um cargo de importância na liderança, com base apenas na visão apaixonada de um ou mais pares, guiados pela emoção excessiva, sem a devida apreciação de seu potencial, pode redundar em trabalhosos remendos, que obviamente tornarão deficiente a administração.

Então, vamos à diante e nos envolvamos com este intrincado e às vezes complexo tema, mas indispensável para todos os que almejam estar à frente das atividades oferecidas por Deus no cerne de sua santa seara.