Introdução

Elas já bateram diversas vezes à sua porta, carregando pastas e revistas, desejando falar sobre religião com você. Elas não representam realmente um número muito grande, mas estão presentes em quase todos os municípios. Não se sabe muito sobre elas, mas sempre se houve falar alguma coisa. Sabe-se que elas não podem doar sangue, que parecem crentes, mas são diferentes deles, que usam um vocabulário parecido, mas diferente do evangélico. E possuem uma Bíblia, diferente também. Essas são as chamadas testemunhas de Jeová.

Reunindo-se em seus “Salões do Reino”, divulgando suas revistas de porta em porta, criando polêmica, esse grupo vai avançando de forma discreta e silenciosa. Infelizmente, entre eles estão muitos ex-membros de igrejas evangélicas que por desconhecerem sua própria doutrina, tornaram-se presa fácil dessa seita.

Na maioria das vezes, a atitude dos evangélicos para com elas é de intensa hostilidade, ao ver as inúmeras distorções das principais doutrinas bíblicas. Mesmo assim, esse conflito geralmente não leva a lugar algum, e ambos, evangélico e testemunha de Jeová, separam-se aborrecidos um com o outro, cada um se julgando vencedor.

São cerca de sete milhões no mundo, mais de um milhão somente no Brasil. A maioria delas é ativa, fazendo um trabalho de discipulado tão perseverante que dificilmente não são citadas como exemplo em palestras sobre o assunto.

Apesar de muitos ensinos e hábitos esdrúxulos, parecem jamais se incomodar com isso. Prosseguem no seu trabalho dia após dia e se estabelecem em todos os lugares. Quando se sentem acuadas, simplesmente pedem licença e vão para a próxima casa. São elogiadas por diversos motivos: organização, compromisso, perseverança, disciplina, zelo. Por isso, num primeiro momento realmente impressionam.

Entretanto, apesar de toda essa aparência, já existem associações de ex-testemunhas de Jeová, que se revoltaram com as práticas observadas no tempo em que viveram na Organização. Muitas delas também estão nas igrejas evangélicas, porque compreenderam as distorções bíblicas a que estavam expostas. Quanto mais o tempo passa, mais detalhes das distorções bíblicas e do autoritarismo psicológico vão sendo manifestados. Quando isso ocorre, já não fica tão fácil a elas retratar seu perfil de organização perfeita e ficam mais vulneráveis.

Isso nos mostra que a necessidade e a possibilidade de salvação também as incluem. Nossa tarefa é saber como levar essas pessoas a uma experiência real com Cristo. Nem sempre sabemos por onde começar. Como alguém já disse, talvez a oração não seja tudo, mas tudo deve começar pela oração, pois é vã toda obra humana que não começa no céu.