Introdução

A apologética, não apenas dentro de sua contemporaneidade, mas ainda dentro de sua cientificidade, exige dos que com ela estão envolvidos uma apreciação não só abrangente como detalhada.

Dentro de uma tecnicalidade doutrinária que excede os pontos mais pacíficos vistos nos primeiros anos de escola teológica, a apologética cristã forma-se entre os estudantes mais experimentados e hábeis, instrumentalizando-os melhor para identificar problemas na ortodoxia cristã e para trabalhá-los conforme os parâmetros bíblicos, reconhecendo regras exegéticas, hermenêuticas e todo o contexto que cerca as questões combatidas.

Necessitamos conhecer desse vasto leque de pensamentos, suposições, ideias, teses e elucubrações que sufocam e mesmo derrotam as mentes menos aguçadas; mas isso é compreensível, pois nem todos nós fomos chamados para os mesmos desígnios dentro da obra sacra do Criador.

Precisamos saber a melhor forma de aplicar os conhecimentos que já possuímos de nós mesmos em relação a este mundo e as coisas nele presentes, as quais sempre estarão ligadas ao processo de conhecimento e desenvolvimento da fé, especialmente quando cada uma delas interferir diretamente na vida de um indivíduo, de um grupo ou da humanidade.

Um posicionamento (questionável) que sempre surge, quando tratamos de apologética num nível mais elevado do conhecimento ortodoxo, afirma que o método científico teológico deve ser averiguado não à luz da Bíblia apenas, mas na mesma esteira de possibilidades que se observam outros objetos de estudo na ciência cotidiana.

A mentalidade atual já assimila com facilidade as questões comuns da ciência a que todos têm acesso. Nesse contexto, a teologia, à mercê de um crivo mais acurado como o que hoje é esboçado entre as pessoas, precisa ter em seus representantes a força que se espera para que, vencida essa prova de embates, instale-se a condição exigida para a apresentação de um Evangelho que receba o reconhecimento de seus ouvintes.

Para que não agravemos demais a responsabilidade de nossos alunos no tocante a este módulo, esclarecemos que é vasta a gama de áreas compreendidas pela apologética, porém aquelas que mais se comunicam com a teologia são a filosofia e a ciência, vértices para os quais encontraremos alguns esclarecimentos nos módulos posteriores.

Filosofia e ciência serão suficientes para compreendermos onde se acham as dificuldades das pessoas quanto às questões intangíveis do saber, questões que se dedicam às emoções, e dentre elas, sem descartar as experiências espirituais pelas quais passamos, aquelas que estão intrinsecamente ligadas à fé. Neste caso, a ciência humana prefere o silêncio, sem se ater ou dedicar suas provas aos propósitos de Deus.

Aos nossos alunos temos de afirmar que a aplicação nesta disciplina trará percalços de todos os tipos: internos e externos, simples – de acordo com a cultura teológica de cada um – ou complexos e diversificados, a julgar pela variedade de correntes e, dentro delas, das nuances de pensamentos que exigem compreensão adequada.

A partir da visão de alguns grandes expositores cristãos, veremos a seguir um pouco de como operam os apologistas da fé e o que exploram em suas pesquisas.